Sérgio Conceição antevê um encontro difícil contra o Chelsea, amanhã, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, mas não deixa de acreditar que é possível o FC Porto surpreender os blues na eliminatória. A história recente mostra que David pode bater Golias, ou não tivessem os dragões deixado a Juventus pelo caminho…
Chelsea
“É um adversário diferente da Juventus em muitas coisas, na sua dinâmica, no processo ofensivo, defensivo, no esquema tático… É diferente. Podemos comparar a valia, são duas das melhores equipas do Mundo, habituadas a jogar ao mais alto nível, com jogadores que dispensam apresentações. Vamos ter uma tarefa difícil, mas temos a nossa equipa pronta. Somos um clube que, não tendo um orçamento parecido com essas equipas, conseguimos bater-nos com o nosso espírito e qualidade de jogo. O que fizemos contra a Juventus, sem ter muita bola, foi de uma qualidade fantástica.”
Mudança tática pelas ausências Sérgio Oliveira e Taremi
“Olhamos para nós em função da estratégia do adversário que vamos ter pela frente. Mas sim, poderá haver uma ou outra ‘nuance’ diferente.”
Luis Díaz como extremo ou segundo avançado?
“Posso querer um ala ou de um extremo que jogue mais por fora ou por dentro, tem a ver com o espaço que ele ocupa quando temos a bola e que pode potenciar melhor as qualidades do Luis. Amanhã emblem se verá se teremos um Luis a explorar as suas qualidades e perceber como o vamos fazer. Isso faz parte das nossas ideias para o jogo. No caso do Luis tem a ver com a questão da ocupação do espaço.”
Nível de crença
“Acreditar faz parte desta casa. Vocês conhecem a nossa história, quem não acreditar que é possível ganhar o próximo jogo não pode vestir esta camisola. Essa crença, essa ambição que todos temos aqui está patente no nosso dia a dia e o mais importante para nós é pensarmos no futuro próximo, que neste caso é o jogo com o Chelsea e que é o que nos interessa.”
Receção dos adeptos
“Gostaríamos de jogar na nossa casa, onde estamos habituados, onde temos a força do azul, dos dragões no nosso balneário. Mas a casa faz sentido é com a família lá dentro. Até este momento essa família está fora, a força do clube, que são os adeptos, tem estado fora. Hoje estão aqui a apoiar-nos e agradecemos. Gostava de os ter em todos os jogos, têm sido incansáveis.”
Jogos da Champions são mais desafiantes?
“Não, a motivação e o rigor com que preparamos os jogos é igual. Temos de dar um bocadinho mais de informação aos jogadores, só isso. Se olharmos de uma forma mais geral, é verdade que 60 ou 70 por cento do tempo jogamos em ataque organizado e numa Liga dos Campeões passamos mais tempo no nosso meio-campo defensivo. Mas preparo um jogo na Taça de Portugal contra o Fabril da mesma maneira que preparo um da Liga dos Campeões. Claro que jogo com o Chelsea é mediático, prefiro estar nos quartos de ultimate da Champions do que na Taça de Portugal, sem querer desrespeitar ninguém. Mas a preparação e a motivação com que o faço é exatamente a mesma.”
Que Chelsea espera
“O Tuchel é um treinador que muda um bocadinho, mesmo ganhando, já o fazia em França. Mas isso cabe-nos a nós analisar. Vi o último jogo mas esse encontro não foi apresentado aos nossos jogadores.”
“Gostaríamos de ter toda a gente disponível, o Taremi também está de fora. Pode mudar alguma coisa. Não temos o Sérgio, o melhor marcador da equipa, um jogador importante, mas estou aqui para arranjar soluções. Não vamos mudar a nossa forma de encarar o jogo porque faltam dois jogadores.”